Portugal // Acções contra a mineração numa dúzia de localidades de Norte a Sul~ 19 min
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Por Guilhotina.info
Ontem, último dia da campanha eleitoral, a luta anti-mineração tomou as ruas em mais de uma dezena de pontos do território. Em cidades, vilas e aldeias de Norte a Sul, ecoaram vozes de resistência contra o plano de esburacar ¼ do território português para extrair 30 minerais, com mensagens espalhadas pelas ruas e montes, pinturas de faixas e acções de protesto e sensibilização.
Os partidos, apostando as suas últimas cartadas em disputar os votos do litoral, ignoraram mais uma vez a questão da mineração. A comunicação social, atarefada com a cobertura do último dia de campanha dos partidos, também ignorou esta mobilização descentralizada que deixou uma mensagem a todas as forças partidárias: «não importa quem ganhe o teatro eleitoral de dia 30, continuaremos a lutar pela vida!»
Abaixo deixamos uma compilação das acções realizadas em Seia, Coimbra, Lisboa, Barroso, Guimarães, Porto, Oliveira do Hospital, Sátão, Caldas da Rainha, Montemor-o-Novo, Remelhe, e Viana do Castelo, e também as mensagens que chegaram do estrangeiro em solidariedade com as lutas anti-mineração.
Seia
A primeira acção de rua aconteceu em Seia, convocada pelo Movimento ContraMineração Beira Serra, que há mais de dois anos resiste «contra os pedidos de prospeção e contra a futura exploração de lítio ou outros minerais no Centro de Portugal».
Coimbra
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Ao final da tarde, dezenas de pessoas juntaram-se na baixa de Coimbra, num ambiente contrastante com o frenesim das acções de campanha que passaram pelo mesmo local. Foi lido um comunicado a denunciar que o rio Mondego está, «numa extensão de mais de 30km entre Celorico da Beira e Nelas, sob aviso de prospecção e pesquisa, tanto pelo concurso internacional do Programa de Prospecção e Pesquisa de Lítio (PPP-L), como por pedidos da australiana Fortescue para prospecções de ouro, prata, chumbo, zinco, cobre, lítio, volfrâmio e estanho» e que, a 35km da cidade de Coimbra, existe um pedido da SINERGEO, Soluções Aplicadas em Geologia, Hidrogeologia e Ambiente, para prospecção e pesquisa de ouro, prata e cobre numa área de 11 mil hectares cujo limite sul fica muito próximo das nascentes que dão origem à ribeira de Mortágua.
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Durante cerca de duas horas, foram distribuídos panfletos informativos e houve intervenções, música e poesia, e foi ainda anunciada uma assembleia para debater os próximos passos desta luta, dia 12 de Fevereiro, às 18h no Liquidâmbar.
A concentração terminou com as duas dezenas de pessoas ainda presentes a cantar a música “Exploração”, de Carlos Libo, músico barrosão que dá voz à resistência contra a mina que a Savannah Resources pretende abrir em Covas do Barroso.
Lisboa
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Dezenas de pessoas juntaram-se no Largo do Camões em Lisboa para manifestar a sua solidariedade com as populações em luta no interior do país, sem esquecer a ameaça directa sobre a capital que é a Mina da Argemela, projectada para as margens do rio Zêzere, de onde é captada a água que corre nas torneiras de mais de 2 milhões de pessoas na região da Grande Lisboa. Antes da manifestação, enquanto descia em arruada a rua do Carmo, o Partido Socialista foi surpreendido por uma faixa de 10 metros com a mensagem “Não às Minas, Sim à Vida” no Elevador de Santa Justa.
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Em Lisboa a concentração também terminou com o canto colectivo de outra música de Carlos Libo, “Hora de Lutar”. A PtRevolution esteve presente a fazer a transmissão ao vivo da concentração, que pode ser vista na íntegra aqui.
Barroso
No Barroso e também no Gerês, na zona do Cabril, o Movimento Não às Minas – Montalegre, a associação Povo e Natureza do Barroso e o grupo Barroso H2O juntaram-se para levar a oposição à mineração aos recantos mais improváveis da região.
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Montemor-o-Novo
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A luta também chegou ao Alentejo, neste caso, a Montemor-o-Novo, onde uma dúzia de pessoas percorreram as ruas da cidade com vários cartazes com mensagens alusivas à mineração e à defesa da água.
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Ervedal da Beira
Nesta localidade do município de Oliveira do Hospital, foram pintadas várias faixas contra as minas, em mais uma iniciativa do movimento ContraMineração Beira Serra.
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Caldas da Rainha
Nas Caldas da Rainha, várias faixas contra as minas foram colocadas em pontos estratégicos da cidade.
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Porto
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Dezenas de pessoas estiveram também nos Aliados a manifestar a sua oposição aos planos de mineração que afectam a região Norte e cantaram também a “Exploração”, de Carlos Libo. Foram feitas várias transmissões ao vivo que podem ser vistas aqui, aqui, aqui e aqui.
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Neste dia, apareceram também pintadas nas faculdades de Ciências e Engenharia (ambas envolvidas no plano de fomento mineiro). «Se acham que isto é vandalismo, experimentem ver uma mina a céu aberto», diz quem organizou a acção.
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Guimarães
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Em Guimarães, foram espalhados pela cidade cartazes contra a mineração e em solidariedade com o Barroso.
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Sátão
Nesta vila do distrito de Viseu foi realizado um sit-in e foram distribuídos à população panfletos informativos sobre o plano de fomento mineiro. Não encontrámos nenhuma foto mas, se tiveres, envia para contacto@guilhotina.info
Remelhe
Acções mais pequenas, ou individuais, foram levadas a cabo noutros pontos do território, como por exemplo em Remelhe, no concelho de Barcelos, de onde chegou a seguinte mensagem:
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Viana do Castelo
Nas paredes de Viana apareceram também várias mensagens de oposição às minas e em solidariedade
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Estrangeiro
Nas redes sociais chegaram ainda mensagens de solidariedade desde o Reino Unido, Irlanda, Sérvia, Alemanha e México.
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