Ponto de situação em Gaza e no resto da Palestina ocupada~ 6 min

Por Nguyen e F

Quase 8 meses depois de Israel dar início à campanha genocida em Gaza, o projecto sionista continua sem cumprir nenhum dos seus objetivos e a sofrer derrotas em todos os campos:

Embarcação da marinha norte-americana encalhada perto de Ashdod, 25 de Maio de 2024 [Fonte]

  • Colonos bloqueiam diariamente a passagem de camiões com ajuda humanitária com destino a Gaza, sendo frequentes os ataques contra os condutores e a destruição da ajuda humanitária.
  • Colonos e forças israelitas continuam a levar a cabo ataques contra povoações palestinianas na Cisjordânia, desde bombardeamentos e incursões militares a ataques incendiários, assassinatos e tomadas de terras e casas.
  • O Hezbollah lança ataques diários contra território controlado por Israel e criou uma zona inabitável e proibida para os israelitas no norte dos territórios palestinianos ocupados.
  • 60 mil colonos israelitas que habitavam essas zonas continuam deslocados, multiplicando-se os protestos por uma guerra no norte com o objectivo de afastar o Hezbollah das fronteiras do Estado de Israel, e assim permitir o regresso dos colonos deslocados. A situação é tão dramática que o Haaretz fala já de uma “Nova fronteira norte de Israel”.

Publicado em Haaretz.com a 20 de Maio de 2024

  • Os protestos dos representantes dos colonatos israelitas junto à fronteira com o Líbano têm subido de tom, tendo estes organizado manifestações e uma “secessão simbólica” desta região do resto do estado de Israel a 15 de Maio, dia da celebração dos 76 anos da Nakba sobre a qual foi fundado o Estado de Israel. 
  • Por outro lado, continuam os protestos massivos nas principais cidades israelitas por um acordo de cessar-fogo em Gaza que permita o regresso dos prisioneiros israelitas às suas famílias.
  • A Resistência Islâmica no Iraque continua a executar operações contra alvos israelitas e os seus aliados.
  • O Ansar Allah, que governa o Iémen, expandiu as suas operações, lançando na última semana os primeiros ataques contra embarcações no Mar Mediterrâneo. Para além disso, as forças iemenitas já derrubaram meia dúzia de drones MQ9 Reaper norte-americanos, que têm um custo de produção de 30 milhões de dólares.
  • O Irão lançou o maior ataque balístico da História contra o Estado de Israel. Israel não respondeu.
  • O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de captura contra Netanyahu e Gallant por crimes contra a humanidade.
  • O Tribunal Internacional de Justiça está a avaliar se Israel está a cometer genocídio na Faixa de Gaza.
  • A aprovação de Netanyahu está em baixa e os membros do Gabinete de Guerra israelita trocam constantemente ameaças entre si. Benny Gantz propôs esta quinta-feira a dissolução do parlamento sionista e a realização de eleições antecipadas.
  • Os mais de 7 meses de guerra deixaram a economia israelita num péssimo estado, com o porto de Eilat, o único com acesso directo ao Mar Vermelho, paralisado pelas operações das forças armadas iemenitas. Agora, medias israelitas afirmam que os custos do transporte de carros e de outras mercadorias importadas da Europa também vão começar a subir.
  • A economia israelita está em contracção, com um grande número de empresas israelitas em vários sectores da economia a registar perdas consideráveis relativamente ao ano passado.
  • Ao projecto sionista, que está a sofrer derrotas em todos os campos, resta apenas descarregar a sua raiva sobre a população indefesa de Gaza e da Cisjordânia. Dezenas de pessoas são mortas diariamente, maioritariamente mulheres e crianças.
  • Os ataques contra tendas de famílias deslocadas em Rafah multiplicam-se desde o passado domingo. A cada mês que passa, Israel experimenta novas formas de exterminar homens, mulheres e crianças palestinianas, e cada novo tipo de massacre, face à ausência de consequências para Israel, torna-se rapidamente uma realidade diária.

Este é apenas um ponto de situação muito resumido da realidade no terreno em Gaza e no resto da Palestina Ocupada. Informação real, sustentada por fontes presentes no local, daquela que nunca vamos encontrar na TV ou nos grandes jornais ocidentais, e que mostra o quão fragilizado está o projecto colonial sionista. 

Gaza resiste e resistirá, o que foi destruído será reconstruído e a resistência não será desmantelada. A determinação com que o regime sionista persiste na sua ânsia de morte e devastação só o leva, a cada dia, mais próximo da sua auto-destruição. A resiliência e resistência do povo palestiniano, no mais macabro e catastrófico dos cenários alguma vez vistos, crava nas páginas da História, a ferro e fogo, o duro caminho rumo à sua libertação. 

A Palestina vencerá e será livre, do Rio até ao Mar.

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