Portugal // Lisboa vai dar 320 000 € a associação com ligações à extrema-direita~ 2 min

Por Guilhotina.info

A Associação dos Ucranianos em Portugal, liderada por Pavlo Sadokha desde 2010, vai receber 320 mil euros da Câmara Municipal de Lisboa, de acordo com uma proposta aprovada em reunião do executivo camarário na passada sexta-feira.

De acordo com uma investigação publicada no setentaequatro.pt, Pavlo Sadokha esteve ligado ao partido de extrema-direita Svoboda e assinou várias cartas a criticar decisões do Parlamento Europeu, nomeadamente a da condenação da atribuição do título de Herói Nacional a Stepan Bandera, de quem é admirador confesso.

Enquanto “representante” da comunidade ucraniana em Portugal, Sadokha foi várias vezes à Ucrânia, entre 2014 e 2016, para entregar munições e mantimentos ao Sector Direito e aos batalhões Azov e Sich. O próprio Sector Direito chegou a publicar um vídeo de agradecimento no seu canal do Youtube, que depois seria divulgado no site da Associação de Ucranianos em Portugal.

E, como se não bastasse, ele e os seus compinchas andaram também a recrutar elementos da comunidade ucraniana para irem combater na Ucrânia. Em Março de 2014, quando ainda não tinha começado a guerra no Donbass, Sadokha disse ao Diário de Notícias que “até agora inscreveram-se 36 pessoas, homens entre os 30 e os 50”.

Continua o artigo do SetentaeQuatro.pt:

Mas o presidente associativo foi mais longe: conduziu mesmo uma ambulância com mantimentos de Lisboa para Mariupol, no leste da Ucrânia, acompanhado por dois jornalistas do semanário Expresso. “Naquela altura também visitámos o Azov e o Sector Direito, fomos a Mariupol. Nós fomos lá entregar coisas ao Azov”, disse Sadokha ao Setenta e Quatro.

A ambulância ficou por lá, já a propaganda sobre os neo-nazis fofinhos, essa, veio de volta.

O mais caricato de toda esta história é o voto favorável da vereadora única do Bloco de Esquerda, Beatriz Gomes Dias. Estivesse ela na Ucrânia no final de fevereiro, teria sentido na pele o que sentiram as comunidades africanas e indianas, arrancadas à força de dentro dos comboios para dar lugar aos branquinhos que, esses sim, era importante salvar.

Investigação “Quem é Pavlo Sadokha? As ligações à extrema-direita ucraniana“:
https://setentaequatro.pt/enfoque/quem-e-pavlo-sadokha-ligacoes-extrema-direita-ucraniana

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