EUA // Judeus na linha da frente contra o genocídio em Gaza~ 3 min

Por F

Nas últimas semanas, muitas manifestações e acções de desobediência civil têm sido protagonizadas por judeus nos Estados Unidos. Com ocupações do Congresso e de outros edifícios federais, cortes de avenidas e auto-estradas, protestos em consulados israelitas e ocupações de estações de comboios, milhares de judeus norte-americanos exigem que o povo palestiniano não seja submetido ao mesmo que os judeus viveram durante a segunda guerra mundial.

“Judeus pelo Cessar Fogo” e “Não em nosso nome” são os dois principais lemas desta campanha que tem posto uma crescente pressão sobre o governo norte-americano para exigir um cessar-fogo imediato e parar o envio de armas a Israel.

Por detrás destes protestos está a Jewish Voice for Peace, uma organização anti-sionista fundada em 1996 e com um longo historial de solidariedade com a luta pela libertação da Palestina. Durante as últimas semanas, e não só nos Estados Unidos, têm aparecido mais e mais vozes judaicas que defendem o fim do Estado de Israel, rompendo o consenso que o Ocidente e a sua máquina de propaganda tentaram fabricar em torno da “solução de dois estados”

Essa “solução”, que nunca saiu do papel mas continua a ser defendida por governos, instituições e partidos por esse mundo fora, vai perdendo tracção no seio das massas que se têm mobilizado nos vários continentes.

A aceitação da existência de um estado cujas fundações assentam num brutal processo de limpeza étnica, a Nakba, não responde às ânsias anti-coloniais que clamam pelo fim da ocupação e do apartheid israelita, pela construção de uma sociedade justa na Palestina, em que judeus, cristãos e muçulmanos possam viver em paz, e pelo direito dos palestinianos a regressar às terras de onde foram expulsos em 1948.

No site da Jewish Voice for Peace, pode ler-se:

Imaginamos o cimento do muro do apartheid em pedaços sobre terra palestiniana livre. Imaginamos as prisões e centros de detenção israelitas vazios e desmantelados. Imaginamos o regresso dos refugiados palestinianos (…). Imaginamos os Palestinianos – do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo – a viver com os seus direitos inalienáveis respeitados, a construir escolas e hospitais e a plantar olivais com os recursos de que necessitam. (…)

Imaginamos israelitas judeus a unirem-se aos Palestinianos para a construção de uma sociedade justa, fundada na igualdade e não na supremacia, na dignidade e não na dominação, na democracia e não na espoliação — uma sociedade em que cada vida é preciosa.

em JewishVoiceForPeace.org

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