Portugal // Antifascistas eclipsam saudosistas do fascismo em Lisboa~ 2 min

Por Duarte Guerreiro
A Plataforma Antifascista de Lisboa (PAFL) e outros 57 colectivos ocuparam hoje as ruas de Lisboa contra o fascismo, racismo e machismo e a forma como estes estão a ser normalizados para ajudar a dividir e controlar quem sofre com as desigualdades do capitalismo.

A concentração começou às 18:30 no Rossio e seguiu até ao Largo do Camões através da Baixa do Chiado, sempre sob pesada chuva, granizo e até trovoada. Ao invés de serem desencorajados, os manifestantes celebraram o dilúvio.
Foi também um momento para relembrar as vítimas do fascismo. Tanto as da ditadura, como as mais recentes. Foi o caso de Alcindo Monteiro, homenageado com uma faixa. O jovem foi espancado até à morte em 1995 no Bairro Alto por um grupo neonazi a que Mário Machado pertencia.
O criminoso violento tem tentado lavar a sua imagem pública ao apresentar-se como sendo apenas um bom rapaz nacionalista com legítima actividade política via o partido NOS (Nova Ordem Social). Enquanto decorria a manifestação antifascista, acontecia também a manifestação do NOS “Salazar faz muita falta”, junto ao Parlamento. A participação nesta dificilmente atingiu um décimo da participação na manifestação antifascista.

Pelas 21:00, depois de alguns discursos que revisitaram temas também abordados na manifestação anti-racista do passado dia 26, a manifestação da PAFL abandonou o Largo do Camões em grupo.